Em reunião na Câmara de Vereadores, lideranças da comunidade indígena de Dourados solicitaram apoio dos parlamentares para a pavimentação asfáltica das aldeias da região. A questão da mobilidade é um tema recorrente nas discussões, dada à ausência de asfalto nas vias internas da Reserva.

A população indígena de Dourados supera a de 34 municípios do Estado, contudo, exceto pela rodovia que liga Dourados a Itaporã, não há nenhum trecho asfaltado nas aldeias. Essa melhoria tem sido solicitada e prometida há muitos anos.

As dificuldades enfrentadas pela comunidade são constantes, especialmente durante os períodos de chuva, quando o transporte escolar fica inviabilizado e as empresas enfrentam problemas para acessar a área, afetando o emprego dos trabalhadores locais. Além disso, moradores próximos às estradas sofrem com a poeira levantada pelos veículos, o que acarreta problemas de saúde. Diretores das unidades educacionais indígenas apontam que, aproximadamente 50 dias do ano letivo são prejudicados devido à falta de acesso dos alunos, causada pelas chuvas nas estradas da aldeia.

A demanda por asfalto é reforçada por um abaixo-assinado da comunidade, apoiado por diversas entidades que reconhecem a importância da pavimentação para os moradores e frequentadores do local. A iniciativa visa promover o desenvolvimento econômico e social do município e região.

Comunidade e lideranças indígenas esperam que a sociedade organizada e a Câmara de Vereadores possam colaborar na interlocução para a realização desse projeto. O pacto político solicitado pela comunidade busca garantir a implementação das melhorias necessárias para a região.

Durante a sessão de segunda-feira (08), os 19 vereadores assinaram um documento em apoio à demanda apresentada e se colocaram à disposição para ajudar. O documento solicita a pavimentação asfáltica das estradas interligando as sete escolas e as principais vias internas das aldeias Jaguapiru e Bororó, totalizando um percurso de 30 km, incluindo ciclovias, trânsito de carroças e iluminação pública.


Foto: Francielle Grott/CMD